Na altura terá feito estudo para doença celíaca que foi negativa

Na altura terá feito estudo para doença celíaca que foi negativa. Por análise retrospetiva dos exames de imagem realizados atualmente, pode constatar-se que a suposta invaginação descrita na TC abdominal nada mais era do que a presença do DDI, verificando-se a imagem característica do sinal em «halo». O trânsito duodenal foi de grande importância no diagnóstico do DDI, mostrando o tão característico sinal de «windsock». No estudo com EDA observou-se um esófago com aspeto traqueiforme, duodeno

com pregas espessadas condicionando estenose relativa com restos alimentares impactados e mucosa erosionada e friável. Embora ABT199 essas alterações macroscópicas sejam incaracterísticas, tem-se constatado a sua presença em doentes com GEE mucosa. Foi a histologia que ditou o diagnóstico de GEE mucosa. Ao contrário de alguns casos publicados, neste doente não se visualizou o orifício de entrada do DDI via EDA10. Dorsomorphin No caso clínico exposto, a sintomatologia apresentada era escassa e não é a típica de

GEE ou DDI. Provavelmente, a febre inexplicada, com cedência aos antibióticos, poderia estar associada a síndrome de hiperproliferação bacteriana, tanto pela presença do DDI como pelas erosões da mucosa que permitiriam que agentes microbianos atravessassem a barreira intestinal. O tratamento da GEE baseia-se fundamentalmente na corticoterapia (prednisolona 20-40 mg/dia) durante 8 semanas4, com redução progressiva, e visa a resolução dos sintomas14. Em casos graves, corticodependentes ou corticorresistentes, os imunossupressores (azatioprina ou 6-mercaptopurina) constituem uma alternativa1 and 4. Atendendo a que o doente se encontrava sintomático, mas sem gravidade, e que a maioria dos casos de GEE responde aos corticosteróides com uma

taxa de sucesso de 90%, optou-se por instituir corticoterapia. No nosso doente, a resposta terapêutica foi imediata. Contudo, em virtude do caráter crónico da doença, com remissões e recaídas frequentes, apesar do seu caráter benigno, estes doentes devem ser mantidos em consultas de seguimento. Embora, o tratamento tradicional dos pacientes com DDI sintomáticos e de grandes dimensões seja a resseção cirúrgica, atualmente preconiza-se incisão endoscópica13. No caso clínico apresentado, tendo em conta as dimensões do Phosphatidylinositol diacylglycerol-lyase DDI (quase 4 cm) e o caráter progressivo desta entidade, colocou-se a hipótese de resseção do DDI. Assim, poder-se-iam evitar possíveis complicações futuras. Apesar da unanimidade em considerar a etiologia da GEE desconhecida, pensamos que o raciocínio fisiopatológico apresentado para explicar a relação causal entre o DDI e a GEE é plausível e, de todo, não desprezável. A grande limitação neste caso é demonstrar a veracidade deste raciocínio fisiopatológico, porque poderemos apenas estar perante um caso clínico com 2 diagnósticos independentes e raros.

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